Por: Ana Delicado e Jussara Rowland
Quando se discute a “pegada digital”, geralmente refere-se ao “rasto” que as nossas atividades online deixam. O que decidimos partilhar (ou que partilham de nós) – as nossas fotos e vídeos, os nossos comentários, os textos que escrevemos para websites, etc. – e a informação que plataformas digitais recolhem com, ou sem, o nosso consentimento – as pesquisas que fazemos, os nossos dados de geolocalização, o nosso historial de navegação, etc. As vantagens associadas a esta pegada são conhecidas. Não só funciona como “cartão-de-visita” ou arquivo digital pessoal, como permite uma maior personalização da nossa experiência na internet, através da seleção algorítmica de conteúdos considerados mais relevantes para o nosso perfil. Mais conhecidos ainda são os riscos que lhes estão associados: problemas de privacidade, publicidade intrusiva, roubo de identidade, fraude, hacking, discriminação, etc.
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