Algunas Claves para Reflexionar: ¿Qué Está Pasando con la Participación Ciudadana?

Por: Virginia Gutiérrez Babarrusa

En este post proponemos algunas claves para reflexionar sobre las implicaciones de las políticas de participación ciudadana, como la continuidad de los procesos, la capacidad de fortalecer el tejido social, la de superar las brechas sociales o el uso de las Nuevas Tecnologías de la Información y la Comunicación (NTIC). Los Presupuestos Participativos han tenido un papel destacado y tanto Portugal como España han sido pioneros en la puesta en marcha de estas experiencias en el contexto europeo.

Estas reflexiones surgen de experiencias previas en el contexto español, que hemos contrastado a través del proyecto desarrollado entre los meses de abril a septiembre del año 2022 sobre los procesos de participación ciudadana impulsados por la Cámara Municipal de Lisboa (CML) entre 2008 y 2021. Básicamente en la investigación nos centramos en el Presupuesto Participativo de Lisboa (“Orçamento Participativo de Lisboa”, OP-L).

Continuar a ler
Advertisement

A CLAN for Human-Animal Studies? Opportunities and challenges of establishing the field in Portugal – Part 2

Por: Verónica Policarpo

**A versão portuguesa dos 3 posts pode ser consultada aqui.

For the last four years, the Human-Animal Studies Hub (hereafter, HAS-Hub) has brought together scholars from different disciplinary backgrounds and institutions, under a common interest: the critical appraisal of the multiple and systemic ways through which humans have exploited nonhuman animals, and an ethical commitment to contribute to diminish their suffering. In this post, I resume the reflection initiated here about this process. In the first part, I leaned over the rising strengths of international networks and collaborations, as well as the angular role of funding to foster research, training and dissemination. In this second part, I wish to highlight – and honour – the power of connecting and working in our mother tongue. Building a HAS network that speaks, not only but also, in Portuguese is a major mission of the HAS-Hub. I will try to show the role of post-graduate education in this process, in particular the post-graduate course Animais e Sociedade. This reflection will not end today, though. In a future third and last part, I will highlight what are, from my point of view, the major threats that the HAS-Hub faces in the near future, as well as emerging opportunities.

Continuar a ler

Pacote de Habitação: o helicopter money tem onde aterrar?

Por: Ricardo Moreira

A crise da habitação em Portugal ganhou uma visibilidade enorme nos últimos meses, muito embora não seja um problema novo. Com efeito, já em 2019, João Seixas avisava que a taxa de esforço na Área Metropolitana de Lisboa estava muito elevada: 28% na compra e 46% no arrendamento. Depois da pandemia a situação piorou muito. No último trimestre de 2022, o preço das casas na Zona Euro subiu 6,8%, mas em Portugal subiu o dobro, ficando acima dos 13%. As rendas têm subido a um ritmo médio de 9,7% ao ano desde 2017, sendo esta subida ainda mais acentuada nas cidades. A taxa de juro dos novos créditos à habitação quadruplicou no último ano e a Euribor está no seu valor máximo desde 2008.

A situação na habitação é tão grave que um conhecido humorista relatou histórias sem piada que lhe chegaram via redes sociais e o descontentamento social está a levar as pessoas a manifestarem-se por soluções.

Continuar a ler

De las capitales culturales a las capitales de la cultura. Apuntes sobre una construcción global de la ciudad cultural

Por: Perla Massó Soler

La insoslayable polisemia de la noción de capital cultural nos conduce a una urdimbre donde convergen no solo la naturaleza económica de determinados fenómenos del ámbito cultural (gestión, preservación del patrimonio, circulación de objetos de arte) y la interacción entre mecanismos de reproducción social y estructuras culturales, sino también procesos de marketing territorial donde la cultura vertebra estrategias disímiles de renovación urbana.

Sabemos que en la realidad empírica estas significaciones, a veces concomitantes y/o complementarias, se solapan y nos obligan a pensar las ciudades – condensación de símbolos y signos – desde las relaciones subyacentes entre el capital cultural objetivado, el capital simbólico y sus diversas expresiones en la espacialidad.

Continuar a ler

Adaptação climática no setor da água: uma análise da aceitação social para reutilização

Por: Marcella Conceição

A seca de 2022 em Portugal foi um evento de grande relevância no cenário das mudanças climáticas no país, tendo este sido considerado o ano mais seco dos últimos 92 anos. A seca meteorológica durou cerca de nove meses, só atenuando em outubro do mesmo ano, quando as chuvas começaram. Segundo o boletim do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), seis ondas de calor e 80% do território em seca severa extrema e temperaturas mais altas foram as características do cenário climático deste ano para os portugueses. Nos últimos meses do ano, o aumento da pluviosidade trouxe 70% das chuvas, o que aliviou as condições de seca em todo o país.

Evidentemente, este tipo de cenário tem interferências diretas no ciclo da água, tanto para o abastecimento das cidades, como para a agricultura (casos de escassez).  No sentido de promover a adaptação a estes eventos, a reutilização de água tratada (ApR – Água para Reutilização) vem sendo adotada na rega dos espaços verdes em Lisboa, onde a construção de uma rede para reutilização está em andamento e um dos três pilotos previstos para a cidade já se encontra em funcionamento. A reutilização de águas residuais é uma prática que tem vindo a se estabelecer nos países europeus como solução para promover a reintegração do recurso no ciclo de utilização. Países do sul europeu já vêm estabelecendo a reutilização como forma de assegurar não só maior disponibilidade de água para um território seco, mas também garantir uma economia circular e sustentável no setor. 

Continuar a ler

A nova agenda socioambiental brasileira

Por: Luiz Carlos de Brito Lourenço

É difícil compreender quando não se presta atenção”. É assim que o documentarista cinematográfico e fundador da revista de cultura piauí, João Moreira Salles, entre indiferenças, equívocos e sonhos brasileiros sobre a região da Amazónia, orienta o seu olhar para a floresta em seu livro Arrabalde: Em busca da Amazônia (1ª. ed., São Paulo, Companhia das Letras, 2022). Após a aclamação do Presidente Lula da Silva, em 30 de outubro de 2022, quando os gestores incumbentes revelaram a incúria da área ambiental do país no último mandato, confirmou-se um claro sentimento de desleixo segundo o Relatório Final do Gabinete de Transição Governamental, redigido por autoridades, parlamentares e especialistas. Não foi surpresa ver o descumprimento do dever público no Brasil; porém, choca a sua intencionalidade.

A julgar pela receptividade internacional, a melhor expressão do terceiro mandato de Lula reside possivelmente no avanço da gestão socioambiental que governará o Brasil até 2026. Com o dilema do crescimento económico e rigidez orçamental, ao que se soma uma reforma tributária sob uma conjuntura única de 32 legendas partidárias, num país desigual e polarizado, o novo mandatário terá de contar com suporte do poder judiciário para enfrentar retrocessos normativos.

Continuar a ler

A CLAN for Human-Animal Studies? Opportunities and challenges of establishing the field in Portugal – Part 1

By: Verónica Policarpo

**A versão portuguesa dos 3 posts pode ser consultada aqui.

Three sociologists meet at a conference in Athens

In September 2017, the congress of the European Sociological Association was held in legendary Athens. It was a very hot day, and as it happens to me often, my presentation was on the very last day of the conference, on the very last time slot, late in the day. Feeling all the tiredness that comes after a long week of one of these big conferences, I headed to the venue early in the morning, after a sleepless night. I had browsed the conference program several times, looking for presentations that had the word “animal”, or any other related, in the title or abstract. I had found only three. One of them was exactly on the very same panel, and the very same day, in which I was going to present my own work. Moreover, it was about a topic very dear to me: death and mourning for a companion animal.

Continuar a ler

Second Edition of the Lisbon Early-Career Workshop in Urban Studies 2022

By: Luisa Rossini

The Urban Transitions Hub (as part of the SHIFT research group) hosted, from the 23rd to the 25th of November 2022, at ICS-ULisboa, the second edition of the Lisbon Early-Career Workshop in Urban Studies, with the support of the AESOP Young Academics Network. 16 PhD students and early-career scholars from all over Europe and abroad gathered for the opportunity to present and discuss their research projects and/or findings during a 3-day event organized as a space of exchange, debate and learning. The topic for this second edition was “Social Mobilisations and Planning through Crisis.”

Continuar a ler

O que são, o que não são e o que podem vir a ser as assembleias de cidadãos. Uma reflexão sobre o Conselho de Cidadãos de Lisboa

Por: Roberto Falanga

Nos últimos tempos, o debate público sobre “assembleias de cidadãos” tem vindo a ganhar palco. No entanto, este debate não é recente na academia, como o demonstra a vasta literatura sobre o tema. O que se destaca do debate em curso é certamente o impulso dado por organismos internacionais para a realização de assembleias, levando assim a um aumento exponencial de experiências no mundo. Neste post, pretendo abordar alguns aspetos deste debate, visando clarificar as caraterísticas essenciais das assembleias de cidadãos. A razão principal deste post prende-se com a relativa novidade deste debate em Portugal e as potencialidades abertas por experiências recentes, como o Conselho de Cidadãos lançado pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2022.

Continuar a ler

Uma árvore portuguesa, com certeza?

Por: Filipa Soares

Um eucalipto com mais de 140 anos, localizado no concelho de Sátão, distrito de Viseu, foi eleito a Árvore Portuguesa do Ano, num concurso anual organizado, desde 2018, pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC). O imponente “Eucalipto de Contige”, uma das maiores árvores classificadas em Portugal, vai representar o país no concurso European Tree of the Year.

Esta competição europeia, fundada em 2011 e organizada anualmente pela Environmental Partnership Association, com o apoio da Comissão Europeia, é uma final constituída pelas árvores vencedoras dos vários concursos nacionais (15 neste momento, sem contar com a Rússia, banida em 2022 devido à guerra na Ucrânia). Vence a árvore que receber mais votos eletrónicos do público, qual Eurovisão arbórea. O objetivo do concurso é destacar a importância das árvores enquanto património cultural e natural a ser protegido e cuidado. Mais do que a estética, o tamanho ou a idade da árvore, o enfoque recai na “sua história e nas relações com as pessoas”.

Continuar a ler