Podcasting climate change between tragedy and comedy

By: Enrique Pinto-Coelho

When I was a kid, probably around the age of my 11-year-old son, I sent a drawing of a flying Superman – copied from a piggy bank – to my school’s magazine. I still remember the excitement of reading my name under the full-page picture the day it was published, a mixture of pride and delight that I only felt again many years after, when I signed my first journalistic article in a (paid) publication.

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Ambiente, Território e Sociedade na iniciativa “Ciências Sociais em Público”

Por: Mariana Liz

Foi inaugurada a 5 de abril de 2020 a parceria entre o ICS e o jornal Público: Ciências Sociais em Público. Todas as semanas, ao domingo, foi publicado um texto (online, e sempre que possível, também em papel) no suplemento do jornal P2, da autoria de um investigador, investigadora ou equipa de investigadores do ICS. Embora a iniciativa tivesse sido pensada antes do desenvolvimento da Covid-19, muitos dos textos foram necessariamente adaptados face ao que havia sido inicialmente planeado, quer quanto à forma de enquadrar os seus tópicos, quer quanto à escolha de abordagens a realidades que, entretanto, se alteraram. A iniciativa também ganhou uma nova dimensão quando estes textos se tornaram numa das poucas ferramentas à disposição de investigadores para a divulgação científica, numa altura em que, pelo menos em Portugal, tantos estavam confinados em sua casa.

Com o objetivo de poder transmitir resultados de pesquisa de forma clara e concisa a públicos diversos, 53 textos surgiram então até 4 de abril de 2021 sobre os mais diferentes tópicos de investigação, do cinema à alimentação, do racismo à imigração, e com as mais diferentes abordagens e perspetivas, da história à antropologia, da sociologia à ciência política. Oito destes textos foram escritos por investigadores que desenvolvem a sua pesquisa no seio do Grupo de Investigação “Ambiente, Território e Sociedade” (GI ATS). Este post é, assim, um resumo do trabalho publicado no âmbito desta iniciativa, e também um testemunho da abrangência dos temas e metodologias contemplados no trabalho dos investigadores que integram este GI.

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Comunicação como compromisso: o projeto ReSEED

Por Dulce Freire e Caroline Delmazo

Papers. Pôsters. Conferências. Seminários. A divulgação dos resultados do trabalho de pesquisa para a comunidade acadêmica é parte da rotina dos investigadores. Trata-se da disseminação científica, que é “natural” no contexto de investigação. Esta é, entretanto, apenas uma parte de um processo mais amplo de comunicar a ciência, que tem como objetivo alcançar a sociedade, pessoas que não são especialistas no tema investigado, e não apenas os pares académicos. Continuar a ler

O valor das ciências sociais (Parte II): o paradigma Schwarzenegger

Por João Morais Mourato

Faz agora ano e meio que contribuí para a série de reflexões do nosso blogue sobre a utilidade das ciências sociais, tema que, desde então, não voltou a ser abordado. Contudo, resultado do projeto BEACON que coordeno no ICS, e da leitura dos contributos recentes do João Sousa e da Olívia Bina, decidi revisitar a discussão sobre a utilidade da Universidade e em particular das ciências sociais, ancorando-me, desta vez, na questão fundamental da comunicação do conhecimento. Surpreendentemente, reparei que comunicação não surge entre as palavras-chave (tags) mais frequentemente registadas no blogue. Ora se no post anterior explorei os desafios epistemológicos, identitários e operativos associados à evolução das ciências sociais, desta vez centrar-me-ei no que designarei como o seu desafio comunicacional.

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Navigating climate change communication between advocacy and denialism

By Jieling Liu

When I came back from Asia after a 4-month trip to Lisbon at the beginning of March this year, a friend came to pick me up. Driving into the city, I noticed how green every corner had turned and the sun was gently shining golden light into the car – “How nice! I came back to the peaceful, green and sunny Lisbon!” As I spoke out loud my happiness, my friend kindly informed me that it had been raining for three weeks in a row, and that the sun “only came out to greet my return”. I was surprised, as much of my memories of Lisbon have been associated with sunny summer on the beach. “Yes, my mother said it was not at all common fifty years ago to have so much rain at this time of the year,” with a look in my eyes, my friend added: “it’s climate change, yeah?”

If I was to respond instinctively based on my scientific knowledge of climate change, I would say: “it probably is a result of climate change”, which was what I responded. We know that climate change is not merely about the excessive amount of CO2 in the atmosphere resulting in warmer temperature and “the warmest year on record…in a row”, nor just about penguins and polar bears, it is also about warmer oceans, more vibrant storms and more destructive wind speed – Harvey, Irma, Patricia… record damaging storms and superstorms on earth, sea level rise, increasing heatwave mortality, and a range of uncertainty related to extreme events, causing great costs of life and the economy. But it was obvious that the word “probably” did the opposite of facilitating the communication and clarifying the issue of climate change, on the contrary, it turned off the conversation which had an excellent context “three weeks of unusual rain”, in delicate awkwardness. The next thing we knew was that the rainy season continued for another few weeks.

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