Por: João Guerra, Leonor Prata e Luísa Schmidt
Os membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão unidos por laços linguísticos, históricos, culturais e políticos, reforçados nos nossos dias por desafios transversais, como é o caso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Num contexto em que à crise climática se junta uma crise sanitária, a Educação Ambiental (EA) ganha importância acrescida. Com efeito, a EA reclama-se intergeracional e transdisciplinar, integrando não apenas a qualidade ambiental, mas também a qualidade de vida e a saúde humana. Daí que, desde a Conferência de Estocolmo (1972), as abordagens de EA tenham vindo i) a alargar-se a várias formas de conhecimento; ii) a fomentar a participação e o sentido critico; e iii) a desenvolver competências e práticas reflexivas e mobilizadoras. Neste panorama de crises múltiplas, a EA tornou-se, por isso, cada vez mais necessária por desenvolver abordagens participativas que favorecem capacidades de redução de risco e resiliência perante desastres, particularmente junto da mais vulnerável população infantojuvenil.

Fonte: Associação Programa Tatô, São Tomé e Príncipe (2020)
Apresentam-se de seguida alguns testemunhos de 160 especialistas em EA recolhidos no âmbito do Segundo Inquérito de Educação Ambiental da CPLP (EA2CPLP). A reflexão sobre eles foca-se particularmente no estado atual dos processos da EA, sua relação com a Agenda 2030 e o impacto da Pandemia Covid-19.
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