Participação na cadeia de valor do café: Uma investigação antropológica para apontar as assimetrias de poder

Por: Marie Sigrist

Já parou para pensar de onde vem esse café que você tomou hoje de manhã? Pois, então, pode ter sido cultivado no Brasil. De fato, mais de um terço do café exportado no mundo é produzido no Brasil. E, se o seu café é brasileiro, é bem provável que venha do Estado de Minas Gerais, que forneceu 22 milhões de sacas em 2022, ou seja, mais de 40% da produção do café brasileiro. Mais especificamente, o sul de Minas Gerais é apropriado para cafeicultura devido às suas cadeias de montanhas, temperaturas médias de 20 graus por ano e à sua latitude. Aliás, a região assumiu a liderança na produção nacional há cerca de 50 anos.

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“A Vida por cima d’Água”: antropologia implicada por quem trabalha a pesca em Setúbal 

Por: Joana Sá Couto e Vanessa Iglésias Amorim

Surgido a partir de uma colaboração entre a Câmara Municipal de Setúbal e a Setúbal Pesca Associação da Pesca Artesanal, e inserido na Semana dos Bivalves, o evento “A Vida Por Cima d’Água: Encontro de Pescadores e Mostra de Artes e Ofícios da Pesca”, que aconteceu na Casa da Baía nos dias 4 e 5 de março, em Setúbal, teve como objetivo a valorização da comunidade piscatória setubalense. Para esta iniciativa foi essencial a articulação entre elementos da Setúbal Pesca e os trabalhadores de diferentes departamentos do Município: do Gabinete de Projetos Enogastronómicos, do Centro de Memórias do Museu do Trabalho Michel Giacometti (MTMG) e do Departamento de Comunicação. A pedido da Associação Setúbal Pesca, também nós, enquanto antropólogas e pessoas ligadas afetivamente ao terreno de investigação, lançámo-nos ao desafio de apoiar este evento com o intuito de navegar as narrativas da pesca com a sensibilidade de quem a conhece. Este post tem como objetivo refletir sobre esta colaboração a partir da nossa perspectiva, reconhecendo que uma investigação implicada pode contribuir para a valorização dos trabalhadores da pesca e da própria actividade.

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